segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Filmes Portugueses

Os filmes portugueses com maior número de espectadores nos cinemas


1-O Pátio das Cantigas / Leonel Vieira / 2015 / 603.447
2-O Crime do Padre Amaro / Carlos Coelho da Silva / 2005 / 380.671
3-Tentação / Joaquim Leitão / 1997 / 361.312
4-7 Pecados Rurais / Nicolau Breyner / 2013 / 324.113
5-Filme da Treta / José Sacramento / 2006 / 278.851
6-O Lugar do Morto / António-Pedro Vasconcelos / 1984 / 271.845
7-Balas & Bolinhos - O Último Capítulo / Luís Ismael /2012 / 256.179
8-Adão e Eva / Joaquim Leitão / 1996 / 254.925
9-Zona J / Leonel Vieira / 1998 / 246.073
10-Morangos Com Açúcar - O Filme / Hugo de Sousa / 2012 / 238.323
11-Call Girl / António-Pedro Vasconcelos / 2007 /232.291
12-Corrupção / Alexandre Valente (João Botelho) / 2007 / 230.568
13-Jaime / António-Pedro Vasconcelos / 1999 / 220.925
14-Amália – O Filme / Carlos Coelho da Silva / 2008 / 214.259
15-Pesadelo Cor-de-Rosa / Fernando Fragata / 1998 / 185.472
16-A Vida é Bela…!? / Luís Galvão Teles / 1982 / 140.074
17-Uma Aventura na Casa Assombrada / Carlos Coelho da Silva / 2009 / 124.936
18-Os Maias - Cenas da Vida Romântica / João Botelho / 2014 / 122.104
19-Kilas, o Mau da Fita / José Fonseca e Costa / 1981 / 121.269
20-Virados do Avesso / Edgar Pêra / 2014 / 113.089




(com base em várias fontes: ICA, BM)

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

20 filmes portugueses mais vistos 1975-2015

Estes são os 20 filmes portugueses mais vistos em 40 anos e O Pátio das Cantigas está no topo
O remake do filme de 1942 encima uma lista marcada por António-Pedro Vasconcelos, Carlos Coelho da Silva ou Joaquim Leitão, influência televisiva, humor e alguns títulos emblemáticos.
 
A carreira em sala de O Pátio das Cantigas, de Leonel Vieira, coroou-o em apenas três semanas como o filme mais visto em Portugal desde 1975. Nos últimos 40 anos, Vieira consegue assim a sua segunda presença na lista dos 20 filmes portugueses mais vistos, equiparando-se a Joaquim Leitão e sendo só superado por António-Pedro Vasconcelos e Carlos Coelho da Silva.


De acordo com dados solicitados pelo PÚBLICO ao Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), responsável pela recolha dos resultados de bilheteira da actividade cinematográfica em Portugal, O Pátio das Cantigas isolou-se já no top 20 dos filmes nacionais mais vistos desde que há uma contabilização fidedigna e sistemática do box-office português. O remake do filme de 1942 de Francisco Lopes Ribeiro conseguiu até domingo 23 de Agosto 406.733 espectadores, ultrapassando o campeão da última década O Crime do Padre Amaro, de Carlos Coelho da Silva, que em 2005 conseguira 380 mil espectadores.


A lista encimada por estes dois títulos permite identificar alguns nomes recorrentes, a força da televisão em alguns títulos, a presença de um único estrangeiro, Bille August, numa co-produção da Costa do Castelo Filmes, e tem como nuances o número de salas existentes em diferentes momentos destes 40 anos, mas também a potência do cinema como fonte de entretenimento em diferentes épocas com mais ou menos alternativas.


Tentação, de Joaquim Leitão, fenómeno de sucesso dos anos 1990 estreou-se a seguir ao dia de Natal de 1997 para chegar aos 361 mil espectadores - número que, como assinala o ICA, corresponde a dados dos distribuidores visto que só desde 2004 é obrigatória por lei a comunicação ao instituto dos resultados das estreias por parte dos promotores de espectáculos. Ocupa a terceira posição de uma lista que volta ao século XXI com 7 Pecados Rurais (2013), de Nicolau Breyner, que chamou 324 mil pessoas aos cinemas com as personagens do programa TeleRural da RTP1. Filme da Treta, de José Sacramento, é o único título de 2006 no top em que ocupa a 5.ª posição com quase 279 mil espectadores, após a qual O Lugar do Morto, de António-Pedro Vasconcelos, nos devolve a 1984 e a uma audiência de 271 mil pessoas.


Balas & Bolinhos – O Último Capítulo (2012), de Luís Ismael, é o filme que se segue, em sétimo lugar nos mais vistos das últimas quatro décadas portuguesas com 256 mil bilhetes vendidos, estando o oitavo lugar ocupado por Adão e Eva, novamente de Joaquim Leitão e novamente da década de 1990 – o filme, tal como Tentação é uma co-produção com a SIC, associada ao advento das televisões privadas em Portugal. É de 1995 e conseguiu 254 mil espectadores.


Leonel Vieira volta a aparecer na lista em nono lugar com a sua segunda longa-metragem, Zona J, que em 1998 levou 246 mil pessoas ao cinema e que também é uma co-produção com a SIC que levou o filme à grelha do canal. O factor televisivo volta a introduzir-se no top 20 quando chegamos ao décimo lugar – Morangos com Açúcar – o filme, realizado por Hugo de Sousa, estreou-se em Agosto de 2012 e recebeu 238 mil espectadores.


O segundo filme de António-Pedro Vasconcelos na listagem ocupa a 11.ª posição. Call Girl é o regresso de Soraia Chaves, depois do breakthrough de O Crime do Padre Amaro, ao cinema neste título de 2007 que obteve 232 mil espectadores em sala. A entrada seguinte a ninguém pertence – ou pelo menos não tem crédito de realizador devido ao desentendimento entre o produtor Alexandre Valente e o realizador que discorda da versão final, João Botelho: Corrupção, de 2007 e com base no livro de Carolina Salgado sobre a sua relação com o presidente do FCP Pinto da Costa, chamou 230 mil pessoas aos cinemas, seguido de Jaime, mais uma vez de António-Pedro Vasconcelos, que em 1999 vendeu quase 221 mil bilhetes.


Carlos Coelho da Silva volta a surgir entre os mais vistos desde 1975 com Amália – O Filme, projecto que teve também uma vida televisiva e que foi exibido perante 214 mil espectadores. Bille August é então o único estrangeiro na lista, com a sua Casa dos Espíritos (1994), Jeremy Irons, Meryl Streep e rodagem em Portugal a serem chamariz para 198 mil espectadores. Pesadelo Cor-de-Rosa, de Fernando Fragata, data de 1998 e vendeu 185 mil bilhetes, e à pergunta de Luís Galvão Teles A Vida é Bela…?! responderam 140 mil espectadores.


A transição para cinema da obra da série de literatura juvenil de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada Uma Aventura na Casa Assombrada (2009) está no 18.º lugar, o terceiro ocupado por Carlos Coelho da Silva, com 124 mil espectadores. Outra adaptação literária, desta feita de um clássico, é Os Maias – Cenas da Vida Romântica, de João Botelho, o filme português mais popular do ano passado, com 122 mil espectadores. A lista fecha-se em 1981, com José Fonseca e Costa e o seu Kilas, o Mau da Fita, que chamou aos cinemas no início da década de 1980 121 mil espectadores.


Joana Amaral Cardoso, Público, 25/08/2015 - 12:24

1-O Pátio das Cantigas [2015]-406733
2-O Crime do Padre Amaro [2005]-380000
3-Tentação [1997]-361000
4-7 Pecados Rurais [2013]-324000
5-Filme da Treta [2006]-279000
6-O Lugar do Morto [1984]-271000
7-Balas & Bolinhos [ O Último Capítulo [2012]-256000
8-Adão e Eva[1996]-254000
9-Zona J [1998]-246000
10-Morangos Com Açúcar [ O Filme [2012]-238000
11-Call Girl [2007]-232000
12-Corrupção [2007]-230000
13-Jaime [1999]-221000
14-Amália [ O Filme [2008]-214000
15-Casa dos Espiritos]-198000
16-Pesadelo Cor de Rosa [1998]-185000
17-A Vida é Bela…!? [1982]-140000
18-Uma Aventura na Casa Assombrada [2009]-124000
19-Os Maias [ Cenas da Vida Romântica [2014]-122000
20-Kilas, o mau da fita [1981]-121000

terça-feira, 30 de junho de 2015

Filmes Portugueses mais Vistos 1996-2005

Fonte: base de dados Lumiére do Observatório Europeu para o Audiovisual com os dados, desde 1996, referentes aos resultados de bilheteira em salas portuguesas
Retirado de "Olhares: Manoel de Oliveira" (2005), capítulo "Manoel Oliveira de Autor Marginal a Cineasta oficial" - Paulo Cunha


1 O Crime do Padre Amaro, Carlos Coelho da Silva, 2005 380.671
2 Tentação, Joaquim Leitão, 1997 346.032
3 Filme da treta, José Sacramento, 2006 278.851
4 Zona J, Leonel Vieira, 1998 239.446
5 Adão e Eva, Joaquim Leitão, 1996 233.476
6 Call Girl, António-Pedro Vasconcelos, 2007 232.291
7 Corrupção, Alexandre Valente (João Botelho), 2007 230.568
8 Jaime, António-Pedro Vasconcelos, 1999 199.216
9 Pesadelo Cor-de-Rosa, Fernando Fragata, 1998 185.472
10 Capitães de Abril, Maria de Medeiros, 2000 110.374



quinta-feira, 30 de abril de 2015

Filmes Portugueses Mais Vistos 1978-1995


Retirado de "Olhares: Manoel de Oliveira" (2005), capítulo "Manoel Oliveira de Autor Marginal a Cineasta oficial" - Paulo Cunha



lista das longas nacionais mais vistas em território nacional segundo dados do Instituto Português de Cinema e do seu sucessor Instituto Português de Arte Cinematográfica e Audiovisual (IPACA) para os filmes com registo conhecido - filmes distribuídos entre 1978 e 1995


1 - O Lugar do Morto, de António-Pedro Vasconcelos (1984): 271.845 espectadores
2 - A Vida é Bela…!?, de Luís Galvão Teles (1982): 140.074 espectadores
3 - Kilas, o mau da fita, de José Fonseca e Costa (1981): 121.269 espectadores
4 - Os Abismos da Meia-Noite, de António de Macedo (1984): 100.408 espectadores
5 - Sem Sombra de Pecado, de José Fonseca e Costa (1983): 92.080espectadores
6 - Oxalá, de António-Pedro Vasconcelos (1981): 89.484 espectadores
7 - O Querido Lilás, de Artur Semedo (1987): 86.742 espectadores
8 - A Balada da Praia dos Cães, de José Fonseca e Costa (1987): 81.995 espectadores
9 - Francisca, de Manoel de Oliveira (1981): 76.132 espectadores
10 - Non ou a vã glória de mandar, de Manoel de Oliveira (1990): 69.000 espectadores

sábado, 31 de janeiro de 2015

Noticias 2015

21.01.2015  17:35


Cinema português visto por meio milhão


Instituto do Cinema e Audiovisual revela que "2014 foi o segundo melhor ano da década".


Cerca de 571 000 espetadores viram cinema português em 2014, o que representa apenas 4,7 por cento dos 12 milhões de espetadores contabilizados, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).
Apesar de ser um valor residual, tendo em conta o total de espetadores que foram ao cinema, o ICA
considera que "2014 foi o segundo melhor ano da década", tendo para esse valor contribuido os três
filmes portugueses mais vistos: "Os Maias - Cenas da vida romântica", "Virados do avesso" e "Os gatos não têm vertigens".
Em 2014, segundo o ICA, estrearam-se em sala 39 longas-metragens de produção ou coprodução portuguesa e cinco curtas-metragens.


CM

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Noticias 2014

27.12.2014  20:09

‘Virados’ procura alcançar ‘Maias’
Filme de época realizado por João Botelho lidera lista nacional de 2014.


Por Hugo Real/CM


Com o aproximar do final do ano, dois filmes lusos lutam pelo título do mais visto em 2014.
De acordo com dados do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), e até ao dia 24 de dezembro,
‘Virados do Avesso’ já tinha levado às salas nacionais 97 715 espectadores, tendo obtido mais de meio milhão de euros em receitas.
Contudo, os números da comédia dirigida por Edgar Pêra deverão ser ainda maiores, já que o ICA informa que estão ainda em falta as informações de dois exibidores para os dados da última semana. Ou seja, ‘Virados do Avesso’ já terá ultrapassado a fasquia dos 100 mil espectadores em Portugal.
Ainda assim, a liderança de 2014 continua a pertencer a ‘Os Maias – Cenas da Vida Romântica’, de João Botelho, que levou às salas mais de 113 mil espectadores (gerando 564 mil euros em receitas).
A fechar o pódio deste ano surge ‘Os Gatos Não Têm Vertigens’, de António-Pedro Vasconcelos, que foi visto por mais de 93 mil espectadores (476 mil euros em bilheteira).
De resto, estes três filmes entraram no top 20 das películas nacionais mais vistas desde 2004 (ano em
que o ICA começou a compilar estes dados). ‘Os Maias’ surge na décima posição, enquanto que ‘Virados do Avesso’ ocupa o 12º lugar, imediatamente à frente de ‘Os Gatos Não Têm Vertigens’.
Referência ainda para ‘Sei Lá’, também estreado este ano. O filme de Joaquim Leitão, que adapta a obra de Margarida Rebelo Pinto, surge na 17ª posição deste ranking (61 730 espectadores e 315 mil euros de receitas), que continua a ser liderado por ‘O Crime do Padre Amaro’. O filme, realizado por Carlos Coelho da Silva e estreado em 2005, foi visto por 380 mil pessoas (1,6 milhões em bilheteira

terça-feira, 31 de outubro de 2006

Small is beautiful

O Paris-Match da semana passada trazia um suplemento dedicado a Portugal. Lá dentro, entre vários artigos encomiásticos e idiotas, escritos naquela prosa lírica e fútil em que os franceses são exímios, vinha um artigo sobre a excelência do cinema português.

Emoldurando uma fotografia de um filme de Oliveira, podia ler-se a opinião não assinada de alguém que procurava vender aos franceses essa excentricidade que é o ‘cinema português’. Para quem tivesse dúvidas sobre o que ia encontrar, o título dizia tudo: «Um cinema à procura de público»!

Passo sobre as declarações do Presidente do ICAM, que faz o seu papel de defender a «qualidade artística» dos filmes que o Instituto subsidia. Nada disso tem importância. O que deteve a minha atenção foi a frase de abertura, que é todo um programa: «O cinema português sempre optou por uma expressão artística menos vistosa do que as superproduções hollywoodescas». «Optou»?! Ficamos a saber que se, em Portugal, alguém como Pedro Costa, por exemplo, faz No Quarto da Vanda, em vez de fazer o Titanic, não é por falta de meios; é por opção estética!

Estas enormidades alimentam a ideia que o lobby que domina a actividade cinematográfica em Portugal de há vinte anos para cá exportou para Paris e que, por um efeito de boomerang, foi reexportada para Lisboa: a de que o ‘cinema português’ é o mais livre do mundo (porque não depende do mercado, mas do Estado), o mais original (porque os cineastas fazem o que querem, e não o que os produtores lhes impõem), o mais subversivo (porque não respeita nenhuma convenção) e o mais artístico (porque os filmes não têm que dar contas ao público, mas aos críticos).

Num país com um défice cultural alarmante, esta ‘liberdade’ tem custos discutíveis, mas não é discutida por ninguém. Os maiores beneficiários fazem passar a ideia de que o ‘cinema de autor’, que eles, e só eles, praticam com abnegação e sacrifício, é uma espécie em vias de extinção que o Estado deve proteger dos predadores industriais.

Caucionada pelos franceses, esta perspectiva ecológica sobre o ‘cinema português’, fez calar qualquer contestação interna e, pelos vistos, vai continuar a fazer estragos. Em Agosto de 2004 foi publicada a nova Lei do Cinema, que, apesar das suas enormes deficiências, podia mudar um pouco este lamentável panorama, porque o Estado deixava de ter o direito exclusivo de decidir sobre o destino dos cineastas. A verdade, porém, é que, mais de dois anos depois, a Lei continua por regulamentar e os filmes vão continuar, como alguém disse, a ser produzidos segundo essa lógica aberrante de que «o Estado deve subvencionar a subversão».

por APedroVasconcelos

28/10/2006